sexta-feira, 28 de outubro de 2011

X - "vamos embora para Bogotá "


Na sequencia das poesias "De mim, sobre mim, pra mim mesmo" escreverei mais sobre os aspectos que observo nos meus dias. A poesia sobre o medo do post anterior, na verdade, é o resultado da observação desse aspecto.


~ Ao Eu que fala ~

A leve língua de raposa
Na boca de bravo leão
Em que cabeça repousa
Quem valerá o quinhão

A classe de uma leve pluma
Na arrogância de um rei
As palavras , patas de puma
Ao luxo que delas me dei

Os passos selvagens do lobo
Na suavidade do cordeiro
Por que te prendes-te no globo
Que és para ti um mosteiro?

Caminha por entre mortais
Filho bastardo de Hermes
Nos pés os imblemas reais
Que lhe diferenciam dos vermes

Esse teu olhar cruel
Que fundo penetra a alma
Teus olhos pintados a pincel
Nem sempre mantém a calma




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É só uma analise mais profunda sobre a arrogancia, o egocentrismo e a auto-confiança quase doentia.


hehe.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

IX - "você diz que não me reconhece..."

[Tenho medo do que essa foto representa... Ando tão cansado, e esse fardo é pesado.]


Esse é o primeiro poema que irei postar da série "De mim, sobre mim, pra mim mesmo". Espero que gostem, apesar saber que poucos vem aqui. haha. É divertido.




Sempre é divertido.
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~ Você tem medo do que? ~ 




Eu tenho medo do escuro
Do puro
Absoluto medo

Eu tenho medo da noite
Do açoite
Do sussurro, o desespero

Eu tenho medo da morte
Da sorte
De tudo que não devo

Eu tenho medo do alto
Do salto
O mergulho derradeiro

Eu tenho medo de tudo
Que absurdo
Absoluto medo




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Frustração total no trabalho, na faculdade, na vida. Aff...


"Quero um amor maior..." ah como eu quero.

domingo, 23 de outubro de 2011

VIII - "o seu choro já não toca meu bandolim..."





Welcome to my blog, Germans, Americans and Russians. hahaha.

Bem vindos ao blog povo da Alemanha, da America do Norte e da Russia.

O blog deu uma leve internacionalizada (isso segundo os dados de trafego do blogger, muito legal essa ferramenta nova), mas duvido que alguém entenda. Sempre achei a poesia brasileira muito complexa. Poucos são os nativos com domínio da língua que conseguem a compreender com perfeição, quanto menos os estrangeiros.

Não confundam isso com alguma especie de xenofobia - longe de mim - mas eu sou realista. Temos um dos idiomas mais complexos do mundo, é só reparar na quantidade de sinônimos pra uma mesma palavra e como podemos falar à mesma coisa usando frases foneticamente diversas. É, nosso "português" é complexo, mas eu me orgulho de o dominar - quase - perfeitamente. Pelo menos ele.

- O Ultimo - 

Desde nosso ultimo encontro
Nada mais eu escrevi
E guardo ainda aqui dentro
Pedaços do pouco que vi

Do pouco que vi em você
E do pouco que sabes de mim
Por tudo que possas dizer
Espero, em ti, mesmo fim

O fim que tanto desejo
É ter-la como companheira
Mas em todos os cantos que vejo
Eu digo e falo besteira

Medirei meus passos de leve
Continuarei a escrever em segredo
Mesmo o tempo sendo breve
E sentindo um certo medo

Não sei o que devo escrever
Muito menos o que te falar
Para teu jeito enternecer
Tentar sempre lhe cativar

Mas me reservo ao pouco que faço
Pra tentar lhe dar uma dica
Dar-lhe mais que um abraço
Mostrar-lhe uma vida mais rica

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Palavras Esparsas

p.s.1 - Esse é o ultimo poema que posto nessa linha. HAHA. Não, não tem nada de errado comigo não, mas entrei em uma aposta com um amigo. Vou escrever uma série de poemas "De mim, sobre mim, pra mim mesmo". Vamos ver se vai dar certo.

p.s.2 - Paro de escrever aqui sobre/para você, mas depois eu volto. Meu maior medo é ser repetitivo.

p.s.3 - Meu muito obrigado as pessoas que tem lido e elogiado os poemas. Agradecimento especial a Andressa Bonet e Mauro Sanches. Mauro, valeu pelo direcionamento em relação ao modo de escrita. 

p.s.4 - Depois eu volto aos textos românticos. HAHA. Ta na hora de olhar o abismo e esperar que ele me olhe de volta.

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Que venha o caos. HAUHAUSHUAHS.

=]

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

VII - "ah... se eu lhe pudesse fazer entender"



Tentei escrever no meu caderno de poesias. Não saiu nada. Travado.
Tentei escrever no meu caderno de bolso. Não saiu nada. Travado.
Tentei escrever em uma folha ofício. Não saiu nada. Travado.
Até na orelha da capa do livro eu tentei escrever, mas... nada.

Até que quando chego em casa, encontro um guardanapo qualquer, rabisco um verso ali, outro aqui e eis que surge o poema. Quando não consigo escrever ponho a culpa no material, a final, é necessária uma interação entre o poeta e a folha de papel pra que tudo saia perfeitamente alinhado.

Sem mais delongas:

~ Poema do guardanapo ~

Procurei te escrever os melhores versos
E com nenhum pude expressar
Usei outros modelos diversos
Varias formas de poder rimar

Aquilo que carrego comigo
E que por ti, aqui dentro cresce
Por mim, não serei teu amigo
Pois sei que meu Amor, tu mereces

E nada sei do que devo falar
E fico tentando descobrir
Em vão tentando desvendar
Como faze-la sorrir

Podemos ficar juntinhos
Mas primeiro, tua felicidade
Cobrir-te com muitos beijinhos
E deixar que me vejas de verdade

Espero que logo me entenda
Mas por que ficaste calada?
Meus olhos ainda usam a venda
Nossas bocas estão separadas

Então pare logo de graça
Me diga o que devo fazer
Para ser, de teus lábios, a caça
Deleitar-me de todo o teu ser.

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uffa... consegui.

Espero que leia, espero que goste.
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VI - "na minha mão o coração balança..."




Como? Como eu poderia ter ficado tão rendido? Como eu poderia ter ficado tão obcecado?

Quando estou começando a me acostumar com minha solidão intelectual, pessoas decidem aparecer. Sumir. Aparecer. Sumir. Aparecer. CARALHO!

Pensei nisso ao caminhar calmamente por Nilópolis hoje de manhã.

Vou dar uma volta agora pela Chatuba pra ver o que eu escrevo sobre... HAUSHAUSH.


~ Caminhada matutina. ~

Caminhei hoje pela rua molhada
Desejando te ver em um portão
Parada, com uma esfinge calada
A devorar meu coração

Caminhei pela fina chuva
Desejando um encontro ao acaso
Talvez na virada da curva
Cada dia, diminui meu prazo

E tenho vaga esperança
De encontra-la sem querer
Embora me falte a lembrança
De quando estive com teu ser

domingo, 16 de outubro de 2011

V - "de você sei quase nada..."

[não, não é pra ninguém... ou melhor, é... já nem sei mas o que estou fazendo.]

Pra você que teve a ousadia de adentrar meu domínio e ir embora sem ao menos me fazer decorar seu nome. Não se faz esse tipo de coisa com poetas.

Sabe por que?

- Por causa disso -

Por causa da falta que há nela
E da medida exata que há em ti
Pela lembrança que tanto martela
O centro, meu peito, aqui!

Por causa da tua inteligencia
'E a falta que fez essa semana'
Procuro-te com certa urgência
Mas não de forma profana

Talvez um pouco afoito
Mas caminho de forma sagaz
Vamos dividir um biscoito
Curtir, um com o outro, a paz

Esse ultimo verso infantil
Fiz por que me deu vontade
Pra mascarar o meu lado vil
E mostrar-te meia verdade

Mas espero que entenda o que faço
Pois ainda mal nos conhecemos
E já me prendeste no laço
Dês do dia em que [unicamente] nos vemos

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coração ansioso canceriano da porra.

só isso.
eu acho.

sábado, 15 de outubro de 2011

IV "... e ai, larari, larará, lariri"

Por que? Por que eu quero. Simples assim, não?

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~ A chave e o Cadeado ~


Palavras trancadas nos dedos

Dos quais busco a chave

Não sei se é por medo

Ou pela falta da clave


Palavras trancadas aqui dentro

Procuro por elas em vão

Elas saíram do centro

E meu poema esta sem emoção


Palavras, malditas palavras

Por que me dói não escrever?

Por são palavras tão bravas

Que preenchem todo o meu ser?


Por que ainda insisto

Em tentar terminar-te, poema?

Lagrimas? Não! Só um cisco.

Perdi de novo meu tema.


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Só pra não perder o habito.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

III - não... não é que eu seja convencido.


Pedir a um poeta para lhe convencer... isso sim é se achar convencida.

- A uma certa menina -

Quando aceitei tua pessoa
Em meu mundo desbotado
Pensei estar sonhando
Sim, sonhando acordado

Quando conversei com você
Descobri agradável surpresa
Entendo pelo que passas
Compartilho da mesma tristeza

A tristeza de não poder gostar
De não se ter segurança
E ter que então apostar
Em relações sem importância

Mas pra nós ainda há motivo
Ainda há por que se tentar
Nem que me falte o riso
Devo aos poucos, te conquistar

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Sei que não deve ser o suficiente, mas pra inicio de conversa acho até que me sai bem... não concorda? HAUSHAS.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

II - "the way you look to night"


Estou em um jogo contra meu eu.
E isso não é saudável.

~ Vontade de dar certo ~

Ao dia que nasce chuvoso
Escrevo esse verso alegre
Em cinza, o céu nebuloso
Em nuvens, figuras descreve

E vejo por minha janela
O céu brevemente aberto
Será que por que penso nela?
Ou por vontade de dar certo?

E o sol sai tímido por de trás
Da nuvem branca que o cobre
E luz, que lembrança me apraz
De um tempo que eu era mais nobre

Mas me bate instantânea felicidade
Ao te falar de modo tão discreto
Sei que tens a mesma vontade
Vontade que tudo de certo.

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Viu? Você me inspirou. haha.

Poucas palavras pra mudar um dia.


domingo, 9 de outubro de 2011

I - "plantei no jardim, um sonho bom..."

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Esse blog está sendo criado com o único intuito de escrever aquilo que ocupa meu raciocínio. Nem tudo são flores, claro; rs. Desculpem-me também o fato de, na maior parte do tempo, não utilizar um discurso... Um tanto quanto... Clássico. Na verdade, essa maneira de falar que uso agora me parece mais adequada.

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Em resumo, me transformei num bom observador por causa das circunstancias. O meio definitivamente cria o homem. Escrevo poesias na maior parte do tempo livre... Isso inclui um sem numero de versos inacabados e temas reutilizados incansavelmente sempre que se possível propor um novo ponto de vista. Poesia é praticamente respirar, faz parte do meu organismo. Não ocorre por processos. Ocorre com uma lapiseira e um papel, pelo menos pra mim é assim. Gosto de dizer que sei "brincar com palavras".

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E eu teria te dito: olha que bonito o que escrevi ontem pra você.
E você choraria de mansinho, sem ninguém saber por que (com um sorriso no canto dos lábios).

~ Para a menina dos Girassóis ~

Entenda, dessa vez, eu fui egoísta
Não é que o meu peito não resista
Mas é que já só sinto dor

Desculpe se eu volto "para casa"
É que só por seu Amor, viva brasa
Meu peito pulsa com furor

Espero que entenda a distancia
Pois somente assim, notas a ânsia
Que a falta causa ao sabor

Quando chegar o avançar dos dias
E minha lembrança for tua alegria
Preferirá os netos, um café e este autor

Saiba que conosco é sempre assim
Quando estamos próximos do fim
Procuramos o primeiro calor

E te pergunto qual tua velhice predileta
A do rico distante ou do próximo poeta
Não responda por favor

Pois tenho mais uma consideração
Sempre foi teu, só teu, meu coração
Julgues agora, como for

...

[e se vir em minha janela, um girassol;
fui eu que te deixei de farol;
dizendo: aqui, por ti, ainda há Amor]

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Comecei pensando em uma métrica 10,10,8, mas depois ignorei isso.

Comecei a me achar chato demais, quando isso acontece, me permito ignorar a razão. haha.