domingo, 27 de novembro de 2011

XVIII - "Todas elas juntas num só ser..."

(foto de : Toshio Muraguchi)

---------------------------------------------------------------------------------

Bom... que gafe né? Descobrir de depois de tanto tempo que "a musa" não gosta tanto assim de poesia.

Bem, meus girassóis perderam totalmente o sentido. E o pior, eles estão começando a florir. Descobri uma técnica pra fazer eles florirem bem pequenininhos, sem nenhum agrotóxico. Estou feliz.

*-*

---------------------------------------------------------------------------------

~Um belo de um demente~

Os dias agora são mais coloridos
E tudo é ligeiramente mais agradável
Meus passos ganharam sentido
Tornei-me uma pessoa mais maleável

E o frio que haviam no meu olhar
Está sumindo, ganhando distancia
Enquanto um calor nada familiar
Consome-me com certa ânsia

Isso se dá por um motivo claro
Sua presença em meu pensamento
É um prazer , pra mim, tão caro
Que jamais a causaria sofrimento

Não me perdoaria caso ocorresse
De ser eu, um imbecil inconsequente
E caso, então, eu lhe perdesse
Seria eu "um belo de um demente!"

---------------------------------------------------------------------------------

É estranho isso tudo, mas to gostando muito mesmo.

E... Não consigo "não fazer" poesia. É muito estranho.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

XVII - "Ah, se já perdemos a noção da hora..."



------------------------------------------------------------------------
~ Uma dama para um cavalheiro? ~

Quando passa por mim e me faz sentir o seu cheiro
Quase acredito que a dama se perfuma
Apenas para o meu desespero

Quando deita na cama para quase o meu delírio
Meu peito, pra tua cabeça, travesseiro
Teu sorriso, pros meus olhos, colírio.

Não que seja apenas mais um desejo contido
É uma prova discreta de carinho, e mais,
É prova de que gostar tem sentido

E espero que a dama então entenda
Tua presença, um doce alivio
Tua ausência, uma falta estupenda

------------------------------------------------------------------------

[Isso é impossível.
Isso jamais vai acontecer.
Isso não pode acontecer.
Isso não acontece normalmente.
Isso não acontece habitualmente.

O que é "Isso" afinal?]



To tentando responder a essa pergunta a uns dias já... Na verdade, tem sido muito bom servir de travesseiro, apesar de ser um pouco estranho sobre uma "certa ótica". E sobre toda a minha "disciplina", bem, não a entenda como falta de vontade, mas sim como prova da existência de um respeito profundo, não só por você, mas por todo e qualquer ser humano no campo da expressão de suas vontades individuais.

Mas que a sua "vontade individual" podia coincidir com a minha... Ah, isso podia!

Haha.

--------------------------------------------------------------------------

p.s.1- Cara, queria entender por que tem tanta gente da Russia entrando no blog. Acho que os soviéticos querem roubar meus planos... MUUUAAHAHAHAHA!

p.s.2 - Viu?! Não né? Mas mesmo assim, voltei a escrever pra você.

p.s.3 - Acho que não fui muito explicito, apesar de ter sido direto. Sim, escrevi pensando em você.

p.s.4 - That's all folks

terça-feira, 15 de novembro de 2011

XVI - "Triste é viver na solidão..."


Eu andei conversando com um amigo meu sobre parar de escrever poemas em primeira pessoa, mas - caramba - eu tento, tento e tento, pra nada. Acho que estou fadado a continuar a escrever em primeira pessoa, pelo menos por enquanto.

Quando eu mais me distancio desse conceito é quando escrevo sobre objetos ou coisas inanimadas. Sentimentos sempre vem em primeira pessoa - acho que não sei falar sobre o que os outros sentem - sou um poeta egoísta. Pelo menos na poesia eu tenho essa liberdade, já que na vida real eu tenho que ser uma boa pessoa. Uma pessoa educada, comedida, quase inglesa, repare no QUASE.

Eu tenho um orgulho foderoso de ser Brasileiro. Sou capoeirista, poeta, violonista, desenhista, escultor, pintor, roteirista, filosofo, alquimista, brahmeiro, carioca e, acima de tudo, adoro um feriado com os amigos, uma cachaça, uma feijoada, aquele samba e uma ligeira discussão sobre futebol. Tenho um orgulho poderosamente grande de ser daqui, de ser meio judeu, meio italiano, meio negro, meio índio, meio português, espanhol, grego, inglês,  mas - acima de tudo - totalmente Brasileiro, daquele que gosta de bunda e de peito, de loira e de morena (que CAGA baldes pro padrão americano de beleza), que gosta de suor, de cheiro de pele, de sabão de coco, de café em xícara de ferro (com aquele - longe, mas perceptível - gosto de ferrugem), de tardes na varanda, de rede balançando, de cabelo encaracolado, do mato, do tato, do contato e do nosso jeito de fazer amor. [Como diria o Gabriel]

----------------------------------------------------------------

O poema de hoje, perto do texto animado que escrevi ai em cima, pode parecer impróprio, mas não me recuso a escrever o que meus dedos vomitam. 

~ Ao Eu que é só ~

Ao quarto calado retorno
Ao fim do dia de luta
Meu peito, eu mesmo, contorno
No fim dessa noite curta

Ao meu leito frio eu vou
Sabendo da solidão
Que resume aquilo que sou
No silencio do meu coração

Ao fim, me deito cansado
Tentando por fim sorrir
Mas meu peito amargurado
Permite-me apenas dormir

----------------------------------------------------------------

Bom dia pra todos.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

XV - "São pensamentos soltos traduzidos em palavras..."


Odeio as travas invisíveis que - as vezes - recaem sobre os meus dedos. Olho pro papel, ele olha pra mim, tento persuadir a lapiseira a escrever algo menos repetitivo... Discuto com meus versos, xingo meu poema, brigo com as paredes e por fim, me deixo cair em uma cadeira "capenga" me dando por vencido.

Não sei se hoje as coisas vão rimar tão bem como rimam sempre, na verdade, estou com uma ligeira raiva da rima, da métrica, desse jeito parnasiano de ser.

Ando um tanto quanto frustrado, nada que realmente me incomode, mas... O lance é que acumula.

-------------------------------------------------------------------------------

~ Só um texto ~

Sabe o quanto machuca?
O quanto frustra?
O quanto me faz desejar não ter te conhecido?

Já te disse uma vez:

- Você não tinha o direito de aparecer assim na minha vida

E você respondeu:

- Nossa, desculpa, não sabia que eu tinha esse poder.


...

Mulheres como você deveriam ser proibidas de existir.

Homens como eu também.
Não adianta nada ser tanto, tanto saber e tanto poder fazer, se não posso ser, saber ou fazer para alguém.

Acredite, tudo perde o sentido pra mim quando não tenho pra quem - ou, por quem - viver.

Eu preciso mais do que uma simples conversa, mais do que "evitar" te olhar (te olhar mesmo assim, só pra mudar a direção quando você percebe), mais do que sentir sua cabeça no meu peito procurando espaço pra se recostar.

Homens como eu precisam da fragilidade da alma feminina, se não, nos tornamos duros e ásperos como o asfalto.



[nossa... ainda consigo ser direto sem citar nomes.]

--------------------------------------------------------------------

Esse foi só pra dar uma fugida do habitual.

Abraço povo.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

XIV - "a uma hora dessas, por onde vagará seu pensamento..."


Esse faz parte da série ""De mim, sobre mim, pra mim mesmo". Já havia escrito anteriormente o "Ao Eu que fala" e me veio a vontade de criar uma série de poemas nessa linha...É uma ideia agradável, pelo menos assim consigo me focar melhor na parte que tange a poesia.


-------------------------------------------------------------------------


~ Ao Eu que pensa ~


Uma peça de cada vez, esse é o movimento
Nenhuma de suas jogadas me causa tormento
Por que isso ocorre? Deixe-me lhe explicar
Seus movimentos lentos me permitem pensar


Eu sei, sou assim mesmo, sou agressivo
Esse é meu jeito de me manter vivo
Se não é capaz de entender, desista
Quando jogo, não costumo deixar pista


Meu raciocínio sim, é muito veloz
Sou um riso no fim, o carrasco, o algoz
Não entre em meu domínio, isso te digo
Se não, queimarei tua casa, cercarei teu abrigo


Não é que eu seja cruel, nem um pouco
Mas só de pensar em explicar, fico rouco
Meus planos vem com detalhes, infalíveis
Retoques de crueldade muito tarde visíveis 


-------------------------------------------------------------------------


Então, acho que vai ser assim então, um pouco sobre mim, um pouco sobre ela e... Quando dá, um pouco do resto.


haha..

terça-feira, 8 de novembro de 2011

XIII - "meu tempo é curto, o tempo dela sobra..."


Parei de fumar a mais de quarenta e poucos dias... haha, mas o tema ainda pode ser um pouco decorrente...

Essa poesia ai de baixo é sobre o descontrole dos vícios.

O primeiro é a tristeza, uma droga sedutora.
O segundo é o trabalho, que consome até vida.
O terceiro, bem, o terceiro é o saudoso álcool.

Hehe.


------------------------------------------------------------------

~ A cadeira ~


Sentou-se a cadeira,
a cabeça pousada
dentro do triste vão das mãos.
Os olhos cansados de ver
De tentar enfim entender
Pensou de fato em beber
Pensou por pensar sem saber
Queria matar, queria morrer

Sentou-se a cadeira,
a cabeça jogada
para trás, para descansar.
Pensou de fato em dormir
Pensou de fato em pedir
Para de fato desistir
Se perder na cama e ir
Queria sonhar, queria sorrir

Sentou-se a cadeira,
a cabeça tão caída.
Na mão falada maldita
A bebida engolida
O vomito no paladar
O sono bem a espreitar
E uma dor pra perturbar
Na cabeça e no pensar
Queria sentir, queria parar

------------------------------------------------------------------

Bem, por hoje eu acho que é só pessoal.


domingo, 6 de novembro de 2011

XII - "enquanto você se esforça pra ser..."



Eu estava em casa na companhia de uma amiga e um amigo, quando essa palavra surgiu num jogo de palavras-cruzadas. Fiquei tão instigado por essa palavra que fiz essas três estrofes ai e ia continuar com desconcerto, introverto, enxerto, até não sobrar mais nenhum verso perfeito. Ih... foi sem querer.

--------------------------------------------------------

~ Desacerto ~

O que ocorreu na volta
De certo, possui concerto
Mesmo com toda escolta
A noite foi só desacerto

Fato, fiquei com vergonha
Tanta que me subverto
Estava como quem sonha
Agora estou em desacerto

Mas a tua recusa calada
Disso eu não me converto
Não me explicaste nada
Fiquei em puro desacerto

--------------------------------------------------------

[enquanto isso na Bat-Mente]

Consciência: chega Rodolpho... vai dormir
Eu: fica na tua ai... só mais uma estrofe.
Consciência: aé...? Vou te dar um ataque repentino de saudade de uma pessoa que você mal conhece.
Eu: UOW! Se não sabe brincar não desce pro play.
Consciência: he  he!

[Moral da História? No meu caso, manda quem pode e obedece quem tem juízo.]

XI - "desilusão, desilusão... danço eu, dança você..."



Frustrado...? O suficiente, obrigado.

Mais chá?

haha.

-----------------------------------------------------------

~ O voo do passarinho ~

Acendem-se as velas
Apagam-se as luzes
Apagam-se as memorias
E tudo passa.
Passa o dia
Passa a noite
Passam os anos e as estações
Passa o tempo
Passa o sol
Passa a lua
Passam as nuvens
E cai a chuva
Passarinho.

-----------------------------------------------------------

Não está dando muito certo esse lance de "De mim, sobre mim, pra mim mesmo". Na verdade, a partir do próximo post vou voltar a escrever sobre o que me dá vontade, seja sobre mim ou sobre aquilo que me é maior do que eu mesmo.