terça-feira, 26 de março de 2013

XXXIX - "Há quem fale que é um divino mistério profundo"



Achei esse post como rascunho aqui no blogger, decidi que ia terminar o poema e finalmente publica-lo. Não sei por que escolhi essa imagem, mas acredito que tanto o poema (que só tinha a primeira estrofe) quanto a figura possuíam um significado. Possivelmente era algum tipo de recado que eu queria mandar pra alguém, mas agora perdeu totalmente o sentido de ameaça e ficou apenas o poema liso, frio e crú.

Espero que gostem.
*-*

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~ Ao Eu que ri ~

Sim, um tanto estridente
E com tom levemente audaz
Estando triste ou contente
No fim, por fim, tanto faz

O som que perturba tua noite
Estridente, uma criança abortada
Prendi teu corpo ao açoite
Com o som de minha risada

Não há aonde se esconder
Nem mesmo fugir é possível
Correndo, só vai se perder
Teu medo se tornando tangível

Mas não ache que sou imbecil
Pois farei de ti uma piada
Mostrarei meu lado mais vil
Tremerá ao som da risada

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Mais uma da série "de mim, sobre mim, pra mim mesmo". A muito que não escrevo uma dessas "Ao Eu...".
Se não me engano já são seis poemas nessa linha. Se eu conseguir escrever dez deles ficarei feliz.

Eles são:
"Ao Eu que sente medo" (publicado como "Você tem medo do que?")
"Ao Eu que fala", 
"Ao Eu que pensa",
"Ao Eu que é só",
"Ao Eu que se importa"
e finalmente "Ao Eu que ri" (publicado neste post.)

Os links levam diretamente pra página dos poemas. Deem uma olhada caso queiram.


Abraço a todos aqueles que ainda se dignificam a vir aqui.

Um comentário:

Hehe... é costume depositar um trocado no potinho das gorjetas pra incentivar os outros a abrir a mão. Digam-me então quanto vale esse poema.