sexta-feira, 16 de março de 2012

XXIX - "apagaram tudo, pintaram tudo de cinza..."


     Vez ou outra vou de ônibus pro centro da cidade e fico viajando nesses painéis. Eles me remetem a uma unica coisa: a dedicação do artista a obra.

     Quero que saiba que, por mais que demore, a dedicação desse "artista" aqui, quando se expressa, é sua, toda sua. Você tem me feito um bem sem tamanho, espero poder corresponder a metade disso. Eu já nem lembrava mais o que era confiar em alguém. Loucura né?

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~ Acordar ~

Pela manhã, as cinco horas eu levanto
E como o sono, meu corpo mal deixou
Me deparando com você, meu espanto
Volta o sono, só dez minutos e me vou

Já cinco e dez, me obrigo a se por de pé
Ainda triste por te abandonar na cama
Vejo por entre a fumaça do meu café
O teu corpo no edredom, que bela trama.

E seguem os dias com um certa ansiedade
Por que será que meu peito anda saltando?
Será por que há muito não via a felicidade
E com ela ainda está se acostumando

E quando vens pela noite ao meu domínio
E sei que vens pois precinto o seu calor
Desperta em mim, muito mais do que fascínio
Uma emoção sem mensura de valor

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Mais uma.

Deleite-se.

Bjo

2 comentários:

Hehe... é costume depositar um trocado no potinho das gorjetas pra incentivar os outros a abrir a mão. Digam-me então quanto vale esse poema.