segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

XXIV - "não se iludam, não me iludo..."



~ A Balança ~

Cada passo vacilante
Cada peso em seu lugar
Cada prato, um instante
Onde posso me afundar

Cada peso que usamos
Para cada qual medir
Cada passo, vacilamos
Devo eu, sim, desistir?

Cada vez que eu me vejo
Vejo só um triste fato
Estou longe do desejo
Que compõe esse relato

E se por acaso a saudade
Vem meu prato balançar
Vou de encontro a vaidade
Que me causa tanto pesar

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     Cansado demais, estressado demais e apaixonado demais - pra contra-balancear - afinal de contas, nem todo mundo é de ferro, e como diria chico buarque: "que agente vai se amando que também sem um carinho, ninguém segura esse rojão".

Um comentário:

Hehe... é costume depositar um trocado no potinho das gorjetas pra incentivar os outros a abrir a mão. Digam-me então quanto vale esse poema.