quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

XXII - "a crise é o alimento da crise..."


     Vamos dizer que ando tão feliz como o Príncipe da figura acima. Colecionando novas aventuras, novas histórias, que me são muito mais valiosas hoje em dia do que qualquer outra já me foi antes. E isso é estranho por que se auto-exclui todo o sentimento de posse, toda necessidade de certeza.
     A necessidade se exclui por causa de um reforço diário daquilo que penso e daquilo que sinto. Não sei dizer até onde essa história se perpetuará, mas roubando os versos de Vinícius de Morais: que não seja imortal, posto que é chama; mas que seja infinito enquanto dure.

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~ Fácil Felicidade ~

Não é que eu esteja curado
Mas meu peito dilacerado
Cansou de sentir medo

Não que eu seja forte
Amar não é um esporte
E ainda é muito cedo

Mas procedo com toda cautela
Sabendo no fundo que ela
É a unica por quem intercedo

E então me faço feliz
Ao saber que foi por um triz
Que dei inicio a esse enredo

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Feliz 2.

Eu... gosto de você.


^^

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

XXI - "eu quis amar mas tive medo"


~ Um breve verso sobre o Amor ~

E o medo é de o fazer demais, ou de menos;
É o fazer muito quente, ou muito frio;
O medo real é acabar fazendo isso sozinho.

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     Sempre me achei raro demais, único demais, inteligente demais, e acabei me esquecendo que sou calado demais, recluso demais, seletivo demais.
     Uma vez ou outra eu permito a alguém, ou a algo, adentrar os meus domínios, fazer parte da minha vida. Nem sempre eu acerto, nem sempre eu erro. Quase sempre eu me fodo.
     Eu tenho andado pisando em casca de ovos, com um solo totalmente mutável e inseguro, como se feito de plastico. Não sei se tem haver com "a influência má dos signos do zodíaco", mas sei que preciso de um pouco mais de segurança, de chão, de base. Não que eu me sinta inseguro, mas convenhamos que o que se descreve a minha frente é suficientemente indefinido.
     Sempre procurei estabilidade, segurança e confiança fora dos meus domínios. Então por que eu estaria me subordinando a fazer isto? A viver na insegurança? A viver sem base, sem conceitos para definir. Gosto de segurança, gosto de "títulos", gosto da segurança que os títulos trazem consigo, mesmo que não sejam nada demais, que não simbolizem nada por si mesmos, afinal, são apenas palavras. Mas eu gosto.
     E sabe qual é o único resultado que isso tem gerado? Um profundo processo de mergulho na incerteza de ser eu mesmo, ou de ser aquilo que melhor posso ser. Um profundo processo de negação daquilo que me causa mais incertezas, afinal, não concorda que (pra quem gosta de coisas definidas) estou lidando com muitas variáveis por cm³? Quanto mais indefinidas as coisas ficam, mais eu vou me afastando do mundo real, do cotidiano, pois acabo me agarrando mais firmemente aos meus domínios para que, dessa forma, não se esvaia o meu ultimo suspiro de sanidade.

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~ Vazio Cego ~

Olhei pra dentro do peito
Procurando achar solução
E encontrei vazio, o leito
Que reservo pra tal emoção


Nada encontrei de real
Ao olhar pra dentro de mim
Apenas um pouco de mal
Em vivos tons de carmim


E devo me trancar de novo?
Ou colocar alguém ai dentro?
Se por isso, meu peito comovo
Se por isso, me ponho em tormento


Mas reservei pra ti um quarto
De certo, bem protegido
Para não causar um enfarto
No peito recém construído.


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Então é isso... Fiquei acordando e dormindo a noite inteira, foi relativamente chato. Além, claro, do fato de eu estar completamente desestimulado para continuar a fazer seja lá o que for que eu devia fazer hoje...
Quero solidez na minha condição... to começando a me sentir sem chão.

That's all folks!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

XX- "Você que ouve e não fala, você que olha e não vê..."




      Muito tempo sem postar, eu sei, eu sei... Mais de um mês, eu sei, eu sei... Mas eu tirei férias galera, e ainda estou, na verdade... Só volto para o "reino amarelo do meu eu" lá pelo dia seis de fevereiro, quando começam as aulas na faculdade e eu vou poder, também, ter uma ideia mais clara sobre o andamento de meu investimento mais recente.
      No mais tenho estado muito feliz, um problema aqui, outro ali, mas nada que me mate. Fora que ela é um incentivo a mais pra qualquer coisa.
      Continuo também perseverando na minha metamorfose. A cada dia eu prossigo num lento processo de destilação, separando o produto final das impurezas, neutralizando os resíduos e anotando os resultados.   Pena que eu só tenha um fogareiro, dois frascos de vidro e uma serpentina de metal [por enquanto].

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~ A Vela ~

Seus olhos me são como o alento
Que sei me ser tão precioso
E por isso não sei quanto tempo
Me perco em teu olhar caloroso

E acho que posso ter tudo
E acho que posso ter nada
Fecho-me, surdo-mudo
A mente levemente abandonada

E crio sobre mim uma imagem
E vejo seus olhos de novo
Meus membros se vão na viagem
Da mente pensamentos removo

E acho que posso ser tudo
E acho que posso ser nada
Abro-me de volta ao mundo
Por meio de uma bela risada.

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AHSUAHSUHASA.

Será que alguém entendeu?