sexta-feira, 13 de abril de 2012

XXXI - "...só que agora é diferente, tô tão tranquilo e tão contente."



     Ontem percebi o quanto se pode "falar" com a boca sem dizer uma única palavra. Pensei nisso um bom tempo. A intimidade permite aos amantes compreenderem os desejos um do outro com um simples beijo, ou uma boca entreaberta, ou um olhar. É sobre a beleza da simples insinuação que o poema de hoje fala, ou da forma como eu a percebo.

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~ Tua boca ~

O beijo, simples por si só
Nada pode por si fazer
Um beijo jogado no pó
Em nada pode aquecer

O beijo, se bem usado
Nem sempre precisa ser
Um beijo, as vezes, negado
Aumenta em muito o querer

O lábio, que belo instrumento
Na boca pode, sozinho, seduzir
Insinuar-se por um momento
Pra no próximo dar-se a sorrir

O lábio é, de fato, sagaz
Pois nem mesmo precisa falar
Seu toque retira minha paz
Meu peito faz palpitar

E se sua tua boca fica distante
E por teus lábios tenho saudade
Meu peito, por certo, arfante
Chora com facilidade

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Não sei se deu pra traduzir muito bem, mas eu tentei.

Até a próxima pessoal.